outubro 01, 2007

Campeonato Nacional de Sprint ' 07 - Parte II


Terminou a época 2006/2007 no passado sábado com o Campeonato Nacional de Sprint em Coimbra.
Terminou após mais de um mês de férias desde a última regata o que na minha opinião não faz sentido acontecer.
Foi um dia interessante, apesar do tempo não estar muito convidativo deu para se passar um bom bocado e como eram só remadores mais as suas famílias e amigos o ambiente foi bom, devíamos ser uns 500 na assistência (contando com os remadores que não estavam em prova)
O Clube Fluvial Portuense mais uma vez ganhou o ranking de clubes, o que já acontece á 11 anos consecutivos, seguido pelo CNIDH e em terceiro ficou o Ginásio Figueirense.
Uma facto interessante foi a presença da nossa sorridente e bem disposta equipa técnica nacional que até fazia pensar que estamos bem a nível internacional e que os objectivos foram amplamente atingidos, mas como tristezas não pagam dividas, vamos a sorrir que isto um dia vai lá, um dia melhora, quando? Não sabemos!
E assim a partir de hoje começa a época 2007 / 2008, bons treinos, boa sorte!

12 comentários:

Anónimo disse...

Boas Fotos!

Anónimo disse...

Nem tudo pode fazer sentido para toda gente, lamento o que esta Federação esta a fazer, obviamente mandatada pelo corpo tecnico(a não ser que seja desculpa), mas penso que para a nova época vais ser mais do mesmo, começa pela calendário nacional, os atletas nem começaram a treinar e ja temos os testes nacionais de 2.000 mts em Outubro.
Quem vai compreender isto?
Pelos Vistos a Alemanha, França, Italia, Dinamarca e outros já aderiram ao sistema Portugues, fico contente por este sistema, por finalmente ter vingado.
Parabens aos seus iventores.

Manuel António

João Silva disse...

Os atletas que desejam ter resultados internacionais não podem começar a treinar agora. Esses atletas devem fazer uma pausa muito curta no treino, ou nenhuma mesmo. Essa ideia do acaba o CNV e vai se de férias e depois em setembro volta-se a treinar, está errada! Por se estimular isso, com um calendário com intervalos destes é que o nivel nao sobe.
O atleta X faz 6:40 no ergometro em outubro, no final da época (Maio/Junho) consegiu fazer 6:30. Se para Julho e Agosto, vai começar a nova época nos 6:40 de novo, ou pior e em Junho está de novo nos 6:30. Não melhorou.
Se parar 2 semanas ou mantiver um treino leve (corrida, bicicleta, futebolada,..) quando chegar a nova época está nos 6:35 (p ex) e em Junho já faz 6:28 (p ex).
Mas estou a falar pro boneco, pois o que interessa em Portugal é só na água. Puxar no erg o mesmo que os campeões do mundo não interessa!

Anónimo disse...

Concordo contigo João, obviamente o que escreves-te é o pensamento de todos os clubes, temos que acabar uma época para se poder ir de ferias, os atletas têm que descansar de uma ano intenso, para se voltar com mais força quatro semanas depois, no maximo. Esta federação não quer que ninguem tire ferias, repara para se fazer as coisas bem feitas os treinadores e dirigentes somente tinham direito a 1 dia de ferias e ainda por cima, um domingo.

O nosso problema é que ainda continuamos a brincar ao remo, esta federação não é a primeira a fazer e pelos visto e pelo andar da carruagem não vai ser a ultima.
O que eu gostava é que se parasse de inventar calendarios, para quê tantos Campeonato Nacional, onde o efeito colateral é o desinteresse, pelos proprios Campeonatos.

A simplicidade é tão bonita, mas complicar é que dá pica, pois fica-se baralhado e da que pensar.

Há os ergometros não flutuam, mas os resultados têm sempre interesse para controlo de treino. para quê bons tempos de ergometro se depois na agua não sabe utilizar o potencial. Mas são importantes, mas não para aferição. Primeiro descubrir o verdadeiro nato para o remo, depois à que o treinar fisicamente.Facil.

Manuel António

Super disse...

Jovem João

Tens alguma pertinência nos teus comentários e, grosso modo, até concordo com boa parte dos teus comentários e críticas (aqui e no blog). Mas uma coisa são testes fisicos e outra são os testes de água. Não temos uma F.P.Ergometro mas sim uma F.P.Remo. Praticamos remo e não outra coisa qualquer e o Remo faz-se remando. Tudo o resto é acessório. Os bons exemplos internacionais assim o dizem. 70 a 80 % da preparação deve ser feita na água, remando. Não idolatrem o ergometro e quem faz muitas voltas porque nem sempre (ou quase sempre) são os que andam mais.

João Silva disse...

A preparação é feita na água! Sem duvida, mas aos fisicamente fortes!
Não ao contrário.

Não é aos que remam bem que se dá preparação fisica!

Aprender a remar pode levar tempo, mas crescer em altura não é possivel.

Como diria Mike Teti :"Dá-me um bom ergometro que eu ensino-o a remar"

Para quê colocar remadores que andam muitos furos a nivel fisico, mesmo que acabem por remar muito, contra remadores muito fortes!
Ou vão me dizer que os nossos pesados, de 1,85 e 1,90 vão conseguir chegar aos niveis fisicos dos 2,00m internacionais que fazem em m´dia 5:50??

testes e minimos no ergometro são necessário e mais um objectivo a quem quer alta-competição. Os testes não deviam ser abertos. Os atletas têm de aprender a trabalhar fisica e tecnicamente antes de tentarem a alta competição.

Basta ver que o 2xLM com bons ergometros fez um resultado bonzinho. O 4-LM com médias de 6:30, que remou o ano todo, não fez nada...

Enquanto pensarmos nisso de o que interessa é remar bem, não vamos a lado nenhum!

Os melhores atletas mundiais são os mais fortes fisicamente.
Os melhores atletas nacionais são os mais fortes fisicamente.

Vê-se mesmo que a filosofia Fluvial não funciona a nível internacional...

Anónimo disse...

Estas engando, João, deves ser novo e sem experiencia internacional, lê a cerca dos dinamarqueses.
Lê com olhos de aprender e ouvir, lê a entrevista publicada no blog do LASTSTROKE. Aprende com os mais experientes e não com os burros.
Lê e aprende, so te fica bem. Não digas o que não sabes.
Posso te dizer que o 4- da selecção nacional pesado, perda e por larga distancia com o shell 4- ligeiro do fluvial, e não treinamos como selecção, mas aposto contigo como ganha.
Ñão te esqueças que o caminhense fez no nacional o shell de 2-pesado dois atletas do 4- da selecção, contra os nossos ligeiros e um deles já não treinava à tres meses, pois ganhamos.
um nem foi ao podio receber a medalha de 2.ºlugar. ok

Atenção servi como exemplo, não quero clubismos, neste dialogo saudavel, foi apenas como exemplo.OK



Manuel Antonio

Anónimo disse...

Aqui vai uma pouco da entrevista que podes lêr no respectivo blog do LASTROKE, em entrevista com o treinador da selecção.

Como organizas o trabalho de ginásio durante a época: é o formato tipico baseado na forma física geral seguido de força, potencia e resistência?
TP - Eu não acredito no trabalho de ginásio. Penso que treinar na água é o melhor. Muita força e potência não servem de nada se não conseguires por o barco a andar.

Manuel António

Unknown disse...

Olá João,
Não querendo vir aqui defender quem quer que seja muito menos o fluvial que tem a sua história a falar por si e que é dos clubes que mais atletas envia á selecção, mas já agora deixa-me contar-te uma curiosidade, no tempo em que o ergómetro se contava pelo número de voltas o Manuel António foi o primeiro atleta a ultrapassar as 4000 rotações, mais propriamente 4050 rotações.
Quero apenas dizer que já vi e participei em várias equipas de fraco ergómetro que venciam a equipas com resultados ergométricos superiores em cerca de 30 segundos.
Venci a muitos pesados com um ergómetro muito melhor que o meu e não foi por isso que não fui seleccionado e participei em alguns bons resultados da selecção, posso até dizer-te que estive nas equipas que mais próximo ficaram do famoso 4- ligeiro Dinamarquês e olha, sempre fiz um péssimo ergómetro, mas também fui seleccionado por treinadores aos quais se reconhece muito mais competência que os actuais, numa altura em que os testes nacionais favoreciam tanto os tecnicistas como os ergometristas e que nessa altura eram traçados objectivos, ou se conseguia ou ficava-se de fora.
Se é verdade que os tempos não contam, a diferença entre equipas conta e nunca mais vi equipas portuguesas tão perto dessa equipa da Dinamarca ou outra desse calibre.
Nem o nosso 4- HPL que remou este ano conseguiu ficar lá perto.
Se é verdade que o ergómetro ajuda, então porque é que a distancia para os adversários aumenta?
" dai-me um bom ergómetro que eu ensino-o a remar" é bonito mas não se enquadra na nossa realidade, não temos tradição, nem escola que permita fazer isso, estão a aparecer agora treinadores novos que talvez o consigam se ajudados, não basta boa vontade.
Notei alguma contradição no que dizes sobre a quem se deve dar preparação física, então não é aos bons remadores que se deve fazer isso?
E como aprender a remar pode e leva com certeza tempo, muito tempo até, não é então aos que sabem remar que se deve insistir na preparação física para que a sua remada seja cada vez mais eficaz com a técnica que possui?
O que eu acho é que devemos ter na selecção os atletas mais rápidos na águas equipas mais rápidas, sejam eles altos ou baixos, porque se um atleta baixo ganha cá aos mais altos é bem provável que lá fora fique melhor colocado.
Tudo isto é condicionado ao tipo de equipa que se quer construir, se for um barco longo pode-se levar atletas tecnicamente menos dotados pois o nível físico compensa, mas nas equipas que Portugal costuma apresentar o nível técnico é muito importante.
Esta é a minha opinião, talvez a opinião dum mau ergometrista mas o que hoje em dia é mais gritante , mais do que o valor dos atletas são os critérios que são usados para se seleccionar, são os métodos de treino…
Abraços

David Ricardo

João Silva disse...

Caros Companheiros (se permitem),

Penso que queremos todos o mesmo e certamente sabemos que quem lá está não devia, tanto atletas (por haver melhores) como treinadores (por estes serem mesmo fracos).
É óbvio que no final conta na água, aí é que tudo vale. Mas, para nos batermos internacionalmente temos de querer atletas fortes fisicamente. Embora possamos convocar quem ganha na água, devemos convocar sempre quem ganha no ergometro. Se quem ganha no ergometro é fraco tecnicamente então temos de lhe dar uma "ensaboadela" e esperar, ter paciencia, etc. E este misto dos atletas na selecção daria muita competitividade interna, pois os fortes fisicamente tinham essa "vantagem" e os outros ganhariam na "água", mas todos quereriam ficar por cim nas duas categorias (como o P. Fraga).
O pior é que em Portugal não há continuidade, todos os anos se muda, além dos atletas serem fracos. E aí é óbvio que o trabalho (de continuidade) que o Fluvial faz com o seu 4- acaba por vencer os pesados, ligeiros, etc.
Mas garanto-vos, mantenham o 4- pesado e o 4-Lig do Fluvial a treinar durante 1ou2 anos e no final quem ganhará é o pesado. Porque embora o Lig possa remar muito bem agora, terá sempre o handicap fisico!

O Manuel António fala da entrevista do site (não é um blog) do laststroke, nos dinamarqueses. Mas eles são todos bons fisicamente. Só esses lá tão. E quando temos bons remadores fisicamente, então água!
Mas vos garanto, os dinamarqueses fazem muito ergometro, muito, leiam:
Ebessen em laststroke
PL: Passas muito tempo no ergometro?
EE : Sim.
Avisaqcua
Avizaqcua: When you train the rowing machine do you think about the technique?

E.E: Not a lot, we don’t think a lot about our own individual technique. We train a lot together so we are very focus on the rhythm, as a team we work and think a lot about the group technique.
Avizaqcua: What is the key to the success of the Danish LW 4?

E.E: We have a good physical capacity, but I don’t think we are the strongest, we have experienced people, and the lightweight four is a very technical boat and we are very focused on it when we row, we pay a lot of attention to it and I think we are very good in talking about the technique. We also have a very nice dialogue going with our coach.

We always have good discussions about the training program, we are grown up people and we row because we want and not because someone expect us to do it.

Avizaqcua: You are a physiologist, do you make part on your training program?
E.E: Yes, I like the intensity, I think it’s the most effective way of training.

É tudo muito dificil e claro que interessa vencer na água, mas penso que em Portugal se desvaloriza o ergometro, ou melhor, se desvaloriza a condição fisica da selecção.

Defendo que atletas na selecção (ligeiros) a fazer 6:30 nunca conseguirão ter resultados internacionais. Nisso dificilmente podem negar.

E o 4-do Fluvial vence ao da selecção porque os melhores remadores não estão na selecção.
Isso é mais que óbvio.

Não entendam isto como uma discussão daquelas insultuosa. Acho proveitoso a discussão e trocas de ideias.

Um abraço

Unknown disse...

Olá João, mais uma vez,

aqui troca-se ideias de quem quer efectivamente melhor sorte para o remo nacional, os insultos não são a melhor forma de se construir embora todas as opiniões serem válidas e bemvindas.
Tens razão no que dizes, mas infelizmente está mais nas mãos dos dirigentes que na dos remadores mudar de rumo.
Quando não há objectivos definidos e seguidos á risca não se vai longe e falta muita competitividade entre os remadores dentro da selecção e entre os que lá estão e os que querem estar.
Muita coisa pode ser feita e deve ser feita.
lembrei-me agora que há muito tempo não ouço falar da comissão de atletas, que devia intervir nisto, se é que existe.

abraço e boas remadas

david Ricardo

Anónimo disse...

Assim é que eu gosto de corresponder, sem anonimatos.

Uma vez, mais, penso que no geral estamos todos de acordo, a dferença é que todos temos experiencia e vivências diferentes.

A verdade é que o ergometro é vital para a nossa modalidade, porque dá-nos determinados valores, que a agua não dá, mas tambem é verdade que os valores na agua são mais importantes, porque no fundo é o resultado final de uma programação com o objectivo de se chegar à linha final em primeiro, e contra factos não à argumentos.
A verdade do remo português é e sempre foi, os ligeiro andam mais que os pesados, isto é pura verdade, penso que ninguem duvida disto, a não ser agora, que o nivel do remo nacional baixou bastante, como exemplo dou os atletas veteranos do CDUP, onde alguns remaram comigo, agora e apesar da idade e do seu peso, lutam de igual para igual com todos os atletas nacionais, isto é preocupante, mas sim prestigiantes para eles que marcam uma geração combativa, empenhadae competitiva, onde quem não treinava, perdia. Agora quem não treina sugeita-se a ser campeão nacional(letras pequenas), porque isto é uma vergonha, somente com muito azar é que não somos campeões nacionais(tipo partir uma perna ou ter um acidente grave de viação).

Culpa disto tudo, Federação, como é que se pode fazer Testes nacionais em outubro, quando os atletas treinam apenas à 1 mês? e estão parados à 4, que resultados eles esperam, ta programdo assim? para "meter" na selecção os amigos, tipo estrategia?

Não sei, sinto que tudo esta mal, mas, ninguem faz nada, quando alguém faz, todos têm medo e fogem.

Fiquem bem, contem comigo para qualquer jogo de rugby, tipo derrubar.

Uma coisa quero deixar aqui claro eu não mistura amizade com remo. Posso ser amigo de uma determinada pessoa que tem no remo uma visão diferente da minha, que eu direi o que tiver que disser apesar da amizade.
Posso tar enganado, mas com tudo o que esta acontecer, somente direi que estou no caminho certo.
Alguns clubes não sabem, mas eu digo, a culpa de tudo isto é dos clubes, porque a federação somente faz aquilo que nós clubes consentirmos. Tenho dito.

Manuel António

U23  2x  Paulo Fidalgo João Dias