“Em primeiro lugar queremos agradecer o apoio, todos os e-mails, sms e chamadas telefónicas recebidas”
Foi um grande dia para o remo português e em especial para o Nuno e para o Pedro e como quase todos os portugueses também eles assistiram à regata pela televisão e como o Sr. Jorge costuma dizer “ Eu não vou morrer do coração” ao vê-los em prova.
Sobre a preparação dos jogos “a equipa treinou muito bem para este campeonato e partiu bem preparada para estes jogos. As semanas entre Poznan e Pequim serviram para melhorar o primeiro quilometro que teria de ser feito sem perder velocidade na segunda parte da regata”
Não havia tempo para uma mudança drástica de táctica “ largar à frente e manter-se à frente “, apesar de haver quem gostasse de ver uma táctica dessas.
Para Pequim só era possível recuperar 2 a 4 segundos no primeiro quilometro, “cerca de um barco” .
“Uma largada rápida e não cair tanto no andamento do barco nos primeiros 500m era o elemento-chave para a regata e a única mudança a fazer”
Os super-rápidos 500 metros efectuados em Montemor (1’28’’) antes da partida no último treino provou que a velocidade pura estava lá mesmo não sendo no barco da equipa, “ é com esse trunfo na manga que o Fraga e Mendes vão para a China”
Na eliminatória a largada foi bastante boa. “Sabíamos que podíamos terminar em 3º lugar” já que o segundo lugar seria mais difícil estando a Nova Zelândia e a França em pista. “ A passagem aos 1000 metros nesta prova foi o ponto-chave em vários sentidos, como o 3º lugar estava seguro não era necessário um sprint final”
Este ponto serviu como ferramenta de análise para a repescagem, serviu para analisar “a nossa táctica e técnica de remada ” , comparando os adversários directos aos 1000m ( HUN, CUB, JAP ) apenas perdemos 2 segundos no primeiro quilómetro de regata”
Esperava-se uma guerra de nervos para a repescagem, havia 4 candidatos para dois lugares mas “ tinha-mos de nos manter conforme planeamos, nunca deixar que se afastassem mais do que 2/3 segundos para depois lançar a nossa ogiva nuclear, o último quilómetro”
Como o Nuno e o Pedro são uma equipa talhada para este tipo de competições pois melhoram a cada regata que fazem a equipa estava confiante.
São atletas calmos e muito concentrados na sua tarefa e foi o que fizeram, apesar de parecer bastante simplista eles apenas competiram conforme planeado. Mas havia sempre a questão que era se o plano não saísse apenas do papel. “ Não interessa se trabalha results business e no de eliminar erros e dúvidas nos treinos tem sempre de haver aquele clique que faz com que tudo aconteça, e hoje aconteceu”
Conseguiram colocar aquele relativamente rápido primeiro quilómetro na água apesar da largada não ter sido perfeita e quando viram que o segundo lugar estava dentro de três segundos aos mil metros largaram a sua “ogiva” e estava feito, a passagem às meias-finais era uma realidade.
“A maior surpresa para nós foi que a Hungria ( Campeões do Mundo em 2005 e campeões Europeus em 2007) não conseguiram manter o ritmo e o Japão ( final A o ano passado em Munique) falharam o sprint “
Os atletas estão obviamente muito felizes com este resultado e com esta difícil regata, as condições climatéricas estavam boas apesar de remarem contra o vento mas isso lhes deu mais espaço para o sprint final.
Apesar de terem tido “algumas dificuldades em encontrar um bom ritmo no início da regata mas no segundo quilómetro foi sempre a bombar”
No final da regata tiveram de pesar o barco e o Pedro teve de fazer controle anti-doping.
Amanhã começam a preparar a meia-final.
“O primeiro objectivo de chegar às meias-finais está cumprido.
Agora vamos ver o “quão fundo é a toca do coelho” ( Alice no País das Maravilhas/ The Matrix) “
Foi desta forma que os 3 técnicos ( Rob de Rooij, Jorge Cardoso e
2 comentários:
É salutar registar que os treinadores de remo começam a perceber que há mais vida além do discurso do "vamos lá para fazer o melhor". Este tipo de análise é o que o remo nacional mais precisa para evoluir, uma vez que justificada o objectivo delineado: se os adversários são bons na largada, o objectivo é não perder tempo; se são bons no sprint, passa a ser não lhes dar vantagem aos 1500; e assim por diante.
Só assim, com objectivos bem definidos, se pode justificar tanto o sucesso, pois eles sabem o que têm de cumprir, como o insucesso, pois é mais fácil perceber o que falhou.
Olhando para a lista da meia-final, eu quero acreditar.
vai ser dificil...e é bom acreditar.
mas também é bom dizer k estar aqui já é bom!!
medalhas em 2012..para já seria bom ganhar a final B...7º ou 8º e eramos os maiores!
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