Os remadores portugueses Nuno Mendes e Pedro Fraga disseram hoje estar confiantes quanto às suas possibilidades nas provas de repescagem de Double Scull, terça-feira, depois de uma primeira regata de onde saíram satisfeitos.
A dupla portuguesa terminou hoje a prova de dois mil metros no terceiro lugar, à frente das tripulações de Hong Kong e da Coreia do Sul, depois de ter arrancado em quarto lugar, recuperando uma posição à chegada aos 1.500 metros da pista olímpica de Shunyi, nos arredores de Pequim.
“O nosso perfil de regata é sempre para recuperar posições. Conseguimos mesmo assim largar mais fortes do que o habitual”, disse à Agência Lusa Pedro Fraga.
Nuno Mendes não escondeu também a satisfação no final da regata. “Senti que melhorámos bastante na primeira parte da prova, que era o que tínhamos de menos bom, e, por isso, acabou por ser natural a passagem do quarto para o terceiro lugar”, afirmou.
Reconhecendo a superioridade da Nova Zelândia e de França, primeiro e segundo colocados, respectivamente, na eliminatória em que participaram, Pedro Fraga e Nuno Mendes apostam também no realismo no que toca a medalhas.
“Tenho os pés bem assentes na terra e sei que conquistar uma medalha será muito difícil... nem é um objectivo que tenhamos delineado. Chegar nos 12 primeiros já seria muito bom”, disse Pedro Fraga.
Contra os 6.16,35 minutos dos vencedores - a dupla neo-zelandesa Storm Uru e Peter Taylor -, os remadores portugueses completaram os dois quilómetros em 6.24,35, um resultado que os deixou satisfeitos, apostando agora tudo na prova de repescagem, na qual acreditam ter boas possibilidades de passar às meias-finais.
“As equipas que vão participar na repescagem estão todas de igual para igual, não há nenhuma que se destaque”, afirmou Pedro Fraga, acrescentando que o objectivo é lutar pelo primeiro lugar ou o segundo, contra Índia, Japão, Coreia do Sul, Hungria e Cuba.
Mesmo não apostando em medalhas, a dupla portuguesa não deixa no entanto de reconhecer que tem algo a provar, até porque são os primeiros remadores portugueses a participar nos Jogos Olímpicos nos últimos 12 anos.
“É uma grande responsabilidade estar aqui a demonstrar todo o nosso trabalho nos últimos quatro anos e a representar o remo português e toda a equipa que nos apoiou. É por isso que cá estamos”, concluiu Nuno Mendes.
RBV.
Rui Boavida (texto), Agência Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário