Já é normal uma vez por mês assistir aos colóquios organizados pelo Centro de Medicina do Porto, este último foi sobre a ética no desporto.
Muito resumidamente apenas se falou de futebol, caso apito dourado,doping e as sanções para quem se dopar.
Foi de certa forma interessante ouvir os prelectores em especial o Dr Guilherme Aguiar a falar do novo diploma que vai ser mais rígido nas sanções a aplicar.
Mas tudo se resumiu a isso mesmo, drogas, sanções e leis mas será que é só isto a ética desportiva, e então a subversão das regras e regulamentos,a falta de transparência de actos administrativos, eleitorais, financeiros, etc?
Como explicamos aos jovens atletas que as regras são para se cumprir se eles próprios sabem que por quem deve dar o exemplo não são cumpridas?
Estamos a pouco mais de uma semana para os Nacionais de Velocidade e não sei o que se vai passar, apenas uma certeza é de ter os remadores o mais bem preparados possível para fazer aquilo que gostam mais, REMAR, tudo o resto é politica.
6 comentários:
Concordo. Parece que "no desporto" apenas se entende o momento de competir. Mas Desporto é muito mais que isso. Nem faz sentido falar e discutir ética em provas e competições de remo, quando a nível organizativo/federativo o nosso desporto está como está.
Mas quem pode e deve supervisionar a nossa federação, eleições, processos eleitorais, etc!?
Será que é ético todas as trapalhadas que se falam no processo eleitoral da FPR?
então se tudo o resto é politica, os remadores estão bem preparados e querem remar ,acho que os devem deixar remar e não fazer como já aconteceu no passado ,priva los de eles fazerem o que mais gostam e para o que treinam por politiquices.
saudações a todos
Convém ressalvar que estou de acordo com todos os clubes que não remaram nas provas anteriores e ainda que tudo o resto seja politica cabe também aos remadores darem mostra do seu descontentamento em relação ao que se passa à sua volta, não fazer isto é também fazer dos atletas seres sem opinião.
Já agora, dizer que os que não remaram o fizeram por questões politicas é o mesmo que dizer que remaram o fizeram-no pelas mesmas razões, Politica!
Numa guerra há sempre baixas colaterais.
A comunidade remadora devia mas é de uma vez por todas unir-se e nem aparecer lá.
Enquanto não houver coragem da parte dos actuais directores, equanto não deixarem de caçar os valiosos pontos e enquanto não deixarem de esperar que sobre algo em lugares de seleção a realidade nõ deixará de se revelar como revelou. Dêm mais acções com sucesso ao RM e ele continuará de pedra e cale no seu poleiro, até que surja um lugar político para ele saltar.
fugindo 1 pouco ao centro da questão... acho em relação ao Remo (organização e competição) estamos a alguns anos de distância de outros países. Isso parece ser aceite quase por todos.
Tenho esperança que também no remo se verifique a evolução que tomou lugar em outras modalidades. A canoagem será um exemplo? Não haverá por aí "best-case practice"?
Não sendo grande especialista, humildemente parece-me que é fácil que tudo corra mal quando a base está frágil. Resta saber se a mudança será top-down (FPR->clubes) ou botton-up (clubes-fpr).
Acho que cada um de nós deve perceber onde pode dar o seu contributo. Mais cedo ou mais tarde todos poderemos acrescentar valor, quer como bloggistas, atletas ou dirigentes.
A ética ou falta dela, é só um dos problemas...venha de lá esse nacional.
Ah, bom post!
Ninguém poderá ter a veleidade de querer prosseguir uma verdadeira política de desenvolvimento de uma modalidade, qualquer que ele seja, sem os seus principais actores. A saber: os clubes (os do remo inclusivo e os outros, mas que façam remo), os atletas, os árbitros e os técnicos.
Ora ouvimos e vimos o Senhor António Rascão Marques, de cima da sua enorme sapiência, dizer alto e bom som que o que ele pretendia fazer no remo nacional tinha que ser feito com outras pessoas que não as do remo (sic).
E, pelo que vimos em todo aquele processo eleitoral e nos episódios que se lhe seguiram, ficou claro que também o pretende fazer sem os clubes, os árbitros e os atletas. Porém, como também vimos, os técnicos (pelo menos alguns) foram e continuam a ser de extrema utilidade.
O Senhor António Rascão Marques, com a sapiência que cada lhe possa reconhecer (incluindo ele mesmo), tem todo o direito de pensar o que ele bem quiser. Não pode é impunemente usurpar como fez o poder, tendo atitudes da maior indignidade que nem vale a pena repetir.
No que me concerne, ele que nem sequer imagine que o assunto está encerrado. Que fique ciente que terá em mim um sério adversário. Sossegue, porém, porque, ao contráruo dele serei sempre frontal e não recorrerei a processos golpistas e anti-democráticos.
O certo é que o remo português está completamente “afundado” e tem uma federação e respectivos dirigentes que já nada têm a ver com os seus reais actores.
Quanto à participação ou não participação em campeonatos nacionais, é realmente redutor vir dizer que os remadores querem é remar e que o resto é política.
Pergunto: e será que os remadores nada têm a ver com a “política de remo”? Ou será que terão a ver com “política do futebol”?
Não é verdade que houve quem tentasse afastar a associação dos remadores (ANAR) do processo eleitoral?
Não é razão suficiente?
Já não sou remador. Mas garanto-lhes que se o fosse assumiria integralmente as minhas responsabilidades. Nem que para isso tivesse que não remar em protesto.
Vale a pena pensar nisto!
Álvaro Branco
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