Agora que se aproxima o final da época bem como a participação nos jogos da nossa dupla de ligeiros chegou a altura de fazer-mos um balanço do que foi este último ciclo olímpico quer em termos federativos quer em termos de associações e clubes.
Chegou a hora de avaliar o crescimento do remo, perceber o que se fez ou não em prol do desenvolvimento da modalidade e o que fazer para tornar este desporto mais visível, com melhores resultados, formação e divulgação.
É sabido que alguns clubes se movimentam de forma a criar um projecto credível, isento e com melhores perspectivas de desenvolvimento do que aquele que até à data vigora em Portugal.
No sentido de dar um novo rumo à modalidade parece-me ser fundamental que quem lidere o novo destino do remo seja alguém com visão estratégica, com ideias inovadoras, isento de “clubites”, que aposte na formação e na potenciação dos valores existentes e que seja consensual.
Não me incomoda nada que seja alguém exterior ao remo, alguém que acompanhe a modalidade, que goste do remo e que possa abrir portas para que quem realmente percebe da modalidade possa desempenhar o seu trabalho de forma construtiva e sustentada.
Acredito que com as pessoas certas no lugar certo se possa devolver à modalidade o prestígio que este desporto exige como modalidade de elite que é.
Pretende-se assim que sem preconceitos e clubites se assumam as ideias e se dê crédito a quem merece, a quem tem ideias e que assumamos todo o nosso papel de remadores, treinadores e dirigentes para que o nosso remo seja beneficiado.
O remo precisa de mudar de rumo!
1 comentário:
A dificuldade está exactamente em encontrar pessoas que reunam essas capacidades todas, sobretudo numa altura em que o passivo da Federação pode afastar muita gente capaz de fazer obra.
Realmente concordo com a ideia de que é necessário alguém que, ao invés de ser protagonista, seja um gerador de consensos, ainda para mais com provas dadas. É necessário alguém que saiba escutar e, com humildade, saiba trabalhar em grupo no desenvolvimento dessas ideias.
Mais do que trazer ideias novas ou estratégias salvadoras, é preciso alguém que saiba trabalhar a partir de boas experiências. Não faltam exemplos a seguir, como a aproximação que a canoagem faz ao desporto escolar (a quem incomoda seguir bons exemplos de outras modalidades?) e que o CDUP, com sucesso, conseguiu experimentar em escolas de Gaia.
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