Treinar como se compete, competir como se treina
março 29, 2013
março 28, 2013
Uma Paixão com Razão
Está lançada mais uma candidatura ao remo nacional.
O candidato é o Albino Silva é do remo, integrou a seleção nacional vários anos e representou 6 clubes durante a sua carreira como remador.
Com competências na área do desporto e na área de gestão, apresenta no seu site de candidatura as linhas mestras que orientam a sua candidatura e a sua visão para o futuro do remo português.
O remo nacional precisa agora de debate e que seja o inicio dum novo ciclo para o remo português.
Tem a palavra os clubes.
Candidatura
O candidato é o Albino Silva é do remo, integrou a seleção nacional vários anos e representou 6 clubes durante a sua carreira como remador.
Com competências na área do desporto e na área de gestão, apresenta no seu site de candidatura as linhas mestras que orientam a sua candidatura e a sua visão para o futuro do remo português.
O remo nacional precisa agora de debate e que seja o inicio dum novo ciclo para o remo português.
Tem a palavra os clubes.
Candidatura
março 26, 2013
março 20, 2013
Actividade Física, quem deve prescrever afinal?!
Eram os médicos, agora são os farmacêuticos a prescrever exercício físico!!!
Nem os médicos nem os farmacêuticos têm formação em exercício físico que os habilite a prescrever actividade física e não são "quick guides" que os habilitam a tal.Na verdade, um médico é um especialista em doenças e não em saúde.
Relembro aqui um texto do Professor Rui Garganta enviado ao Jornal Expresso em Abril de 2011 aquando da noticia "Mexa-se mais : foi o seu médico que receitou"
Só faltava serem os Médicos a prescrever exercício físico!
Confesso que fiquei chocado com o artigo no Jornal Expresso do Professor e colega de profissão Luís Sardinha, de 9 de Abril de 2011, com o título “Mexa-se mais: foi o médico que receitou”.
Numa altura em que o País está a importar Médicos para fazer face às exigências do Sistema Nacional de Saúde, e temos um excesso, tremendo, de profissionais de Desporto, só um “político deste gabarito” se poderia lembrar de implementar uma estratégia que vai dar mais trabalho e/ou responsabilidade aos Médicos, que já não têm tempo
para exercer a medicina convencional, e tirar, o pouco que existe, aos seus colegas de profissão. Porventura o colega já nem se lembra que se licenciou em Educação Física!
Quando li o título do artigo pensei que os políticos tiveram o bom senso de, mais uma vez, entenderem que o “Exercício é saúde” e iam voltar a baixar o IVA. Achei, no entanto, estranha a fotografia do Colega Luis Sardinha, de fato e gravata em cima de um tapete rolante.
Eu sei que o fez no “seu laboratório” e porventura nunca tinha subido para nenhum, porque isso de fazer exercício físico tem os dias contados, pelos vistos, o que para si interessa é “Mexer”, nem que seja de fato e gravata em cima de um tapete rolante. Já agora: o colega tirou alguma pós-graduação em culinária? Mexer o quê? E a foto que vem no artigo é para gozar os profissionais de ginásio? Fala que a actividade física é saúde, vai retira-la da competência exclusiva dos profissionais do Desporto, e tem a lata de tirar
uma foto em cima de um tapete rolante? É vergonhoso o que pretende fazer aos seus colegas de profissão, porque como responsável do Instituto Nacional de Desporto (IDP) deve saber o fitness é, atualmente, a principal saída profissional! Caro colega e Político da nossa praça, espero que os profissionais de fitness tenham consciência do mal que lhes está a fazer e tomem as medidas que achem mais adequadas!
Num contexto de crise geral e dos estabelecimentos de fitness, em particular, que se estão a ver aflitos com a decisão, tremendamente injusta, do aumento do IVA de 6 para 23%, o programa que o colega Luís Sardinha vai importar para Portugal, não só não contempla os ginásios como permite que os médicos substituam os seus colegas de profissão na prescrição de exercício físico. Aqui, até o jornalista do Expresso refere “Surpresa, o ginásio fica de fora”.
Diz no artigo que o programa é importado dos Estados Unidos da América (EUA) onde está a ser aplicado desde 2007. Refira-se, a propósito, que a taxa de obesidade nos EUA de 2007 (3 estados com mais de 30% de obesos), triplicou em 2010 (9 estados com mais de 30% de obesos), pelos vistos o programa que vai importar já está a dar resultado!!! E a taxa de Diabéticos que continua a aumentar de forma exponencial?! Será efeito do referido
programa? Não queremos com isto dizer que o programa não tenha os seus méritos, agora, como toda a gente sabe, a aplicação transcultural de qualquer tipo de programa sem a respetiva apreciação e adaptação é normal que seja “para Inglês ver”, neste caso deve ser para os seus amigos americanos o verem!
O mais grave de tudo é que o seu discurso é igual ao dos médicos, que não fazem ideia do que é o Exercício físico e encontram nos strandards ou naquilo que ouvem dizer, formas de prescrição que dão para tudo e todos, tipo medicamento “genérico” que tudo cura! Mas se aos médicos, embora não tolerável pelo facto de não terem formação para tal, ainda se desculpa a prescrição com base no “MEXA-SE”, a si é incompreensível.
O que o colega quer é pôr os Médicos a prescrever Atividade física e não Exercício físico. Para quem não sabe, para fazer Atividade física basta “mexer para aumentar o metabolismo de repouso”. Até comer, que mexe os músculos da face e dos braços é Atividade física. Para ser Exercício físico tem de se mexer de forma a melhorar a aptidão física. A maioria da
Atividade física, do tal “mexer” não serve para melhorar nada, sabe que andar a 4 km por hora não tem qualquer repercussão cardiovascular? Quer o artigo? Sabe que muita da atividade física, do tal MEXA-SE, quando feita de forma desregulada e sem suporte muscular suficiente é prejudicial? Veja o exemplo das doenças articulares
provocadas pelas tarefas domésticas, pelo andar em demasia, etc.
É óbvio que o colega conhece perfeitamente qual a importância do Exercício físico e de como a Atividade física pode apenas ser um bom complemento, porque sabe que uma das características do Exercício físico é ser dose dependente, tal como o medicamento.
Por exemplo, penso que tem ideia que a Aspirina, o fármaco mais vendido e mais antigo da indústria farmacêutica, doseada até 250 mg, tem efeito anti tronbótico, a cerca de 500 mg tem efeito analgésico e a1000 mg tem também efeito anti inflamatório! Ou seja o efeito depende da quantidade ou dose! No exercício físico passa-se o mesmo, andar a 4 km/k, correr a 10 km/h ou a 15 km/h tem efeitos completamente diferentes. Como nos exercícios de força muscular a carga (em kg) determina o objetivo que se pretende.
Ou seja não chega mexer, isso apenas dá para o “leite creme” não ganhar grumos, é essencial fazer exercício físico.
Mais uma vez, à semelhança da aspirina, poderia dizer que ela é aconselhada para “dores, febres gripes e constipações” (mas não dá para todas as dores) e, como diz a bula do medicamento, se os sinais e sintomas persistirem, consulte o seu médico. Relativamente à Atividade física o bom senso, para quem o tem, poderia sugerir em algo idêntico. Se não tem objetivos, não tem qualquer risco cardiovascular, ou qualquer tipo de dor ou doença, MEXA-SE. Se tem objetivos ou pretende fazer algo pela sua Saúde, consulte um profissional de Exercício físico e Desporto.
Por acaso o colega conhece a pirâmide da actividade física? Eu sei que a conhece e também sabe que ela foi sugerida por profissionais de Saúde. Deu fé que sugere “treino de força muscular” pelo menos 2 vezes por semana? Sabe porquê? Para evitar a “SARCOPENIA”, que é uma doença provocada pela perda acentuada de massa muscular. Sim é uma doença só que, curiosamente, a maioria dos profissionais de saúde nunca ouviu falar, sabe porque? Não há medicamentos para a prevenir nem curar. Há alguns anos, pensava-se que era apenas apanágio de pessoas mais velhas mas, como sabe, actualmente inicia-se antes dos 30 anos em pessoas que não fazem uma solicitação
muscular suficiente e regular! Talvez convenha esclarecer as pessoas que a sarcopenia é um fator de risco para a osteoporose, e a única forma de a prevenir é através do treino de força muscular. O colega sabe perfeitamente que a marcha não a previne, porque esta doença ocorre nas fibras musculares responsáveis pela força muscular e não pela resistência muscular solicitada pela marcha!
O problema é que a necessidade de mostrar serviço, mais conhecido por “protagonismo”, fala mais alto!
Pois é, andamos há anos a debater-nos com a falta de bom senso da classe médica que prescreve exercício físico inadvertidamente, desde a natação para quem não sabe nadar, ou para quem tem osteoporose, ao estilo de “bruços” para quem tem o “peito em quilha” ou “costas” para todos os problemas de coluna, até ao andar para pessoas obesas e com graves dificuldade de locomoção! Agora vem o colega dar-lhes o “salvo conduto” para
continuarem a fazer algo que não sabem, nem estão preparados!
O colega sabe perfeitamente que mandar as pessoas “mexer” é algo idêntico a ir ao nutricionista e ele mandar “comer” ou ir ao médico e ele mandar “tomar pastilhas”. O colega devia era de se “MEXER” do cargo em que está, criar um IDM (Instituto Nacional do Mexe-te) e dar lugar a alguém que, pelo menos, olhe pelos interesses dos seus colegas de profissão.
É claro que o colega vai vestir a pele de Cordeiro e dizer que se trata de uma medida altruísta, para melhorara a qualidade de vida dos cidadãos, blá, blá, blá… Seja pelo menos consciente do mal que está a fazer a toda a gente: aos cidadãos porque os médicos não tem formação para fazer prescrição de exercício adequada, aos profissionais de Exercício e Desporto que já se debatem com falta de trabalho e com prescrições inconsistentes ou inconscientes dos médicos e à própria classe médica que lhes vai dar um “poder” sem bases de conhecimento. A minha esperança é que a classe médica tenha bom senso de não prescrever Exercício físico.
Repare que quando entrou para o IDP, disse que ia moralizar a sua profissão e legislou de forma a que apenas os licenciados em Educação física pudessem exercer a profissão nos centros de fitness. Agora vai trazer umas regras gerais, para os médicos receitarem Exercício físico? Sabe que nas farmácias também já se receita Exercício físico?
Isto é uma festa! Como não temos uma “Ordem” que nos defenda, estamos à mercê dos “espertos”. Só falta proibir os profissionais de Desporto de prescrever Exercício físico? Não será uma medida para o próximo governo?
Caro colega, quer protagonismo? Já pensou em trazer um franchising que permita aos profissionais de Desporto receitar uns medicamentos? Nem que seja dos lights, daqueles que nem fazem bem nem faz mal – tipo “MEXE-TE”.
A nossa profissão está em crise e os Médicos estão com trabalho em excesso. Para além disso, a bula de um medicamento ou o simpósium terapêutico, que é atualizado todos os anos, tem mais informação sobre cada medicamento do que qualquer linha de orientação que pretende trazer para os médicos mandarem os portugueses mexerem. Acho que esta seria uma medida política à medida da realidade só que, porventura, não estava à medida
da sua necessidade de protagonismo!
Quem diria que o colega é diretor do Instituto Nacional de Desporto! Resta-me dizer “o Desporto com amigos destes não precisa de ter inimigos”.
Rui Garganta (PhD)
Professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Ou seja não chega mexer, isso apenas dá para o “leite creme” não ganhar grumos, é essencial fazer exercício físico.
Mais uma vez, à semelhança da aspirina, poderia dizer que ela é aconselhada para “dores, febres gripes e constipações” (mas não dá para todas as dores) e, como diz a bula do medicamento, se os sinais e sintomas persistirem, consulte o seu médico. Relativamente à Atividade física o bom senso, para quem o tem, poderia sugerir em algo idêntico. Se não tem objetivos, não tem qualquer risco cardiovascular, ou qualquer tipo de dor ou doença, MEXA-SE. Se tem objetivos ou pretende fazer algo pela sua Saúde, consulte um profissional de Exercício físico e Desporto.
Por acaso o colega conhece a pirâmide da actividade física? Eu sei que a conhece e também sabe que ela foi sugerida por profissionais de Saúde. Deu fé que sugere “treino de força muscular” pelo menos 2 vezes por semana? Sabe porquê? Para evitar a “SARCOPENIA”, que é uma doença provocada pela perda acentuada de massa muscular. Sim é uma doença só que, curiosamente, a maioria dos profissionais de saúde nunca ouviu falar, sabe porque? Não há medicamentos para a prevenir nem curar. Há alguns anos, pensava-se que era apenas apanágio de pessoas mais velhas mas, como sabe, actualmente inicia-se antes dos 30 anos em pessoas que não fazem uma solicitação
muscular suficiente e regular! Talvez convenha esclarecer as pessoas que a sarcopenia é um fator de risco para a osteoporose, e a única forma de a prevenir é através do treino de força muscular. O colega sabe perfeitamente que a marcha não a previne, porque esta doença ocorre nas fibras musculares responsáveis pela força muscular e não pela resistência muscular solicitada pela marcha!
O problema é que a necessidade de mostrar serviço, mais conhecido por “protagonismo”, fala mais alto!
Pois é, andamos há anos a debater-nos com a falta de bom senso da classe médica que prescreve exercício físico inadvertidamente, desde a natação para quem não sabe nadar, ou para quem tem osteoporose, ao estilo de “bruços” para quem tem o “peito em quilha” ou “costas” para todos os problemas de coluna, até ao andar para pessoas obesas e com graves dificuldade de locomoção! Agora vem o colega dar-lhes o “salvo conduto” para
continuarem a fazer algo que não sabem, nem estão preparados!
O colega sabe perfeitamente que mandar as pessoas “mexer” é algo idêntico a ir ao nutricionista e ele mandar “comer” ou ir ao médico e ele mandar “tomar pastilhas”. O colega devia era de se “MEXER” do cargo em que está, criar um IDM (Instituto Nacional do Mexe-te) e dar lugar a alguém que, pelo menos, olhe pelos interesses dos seus colegas de profissão.
É claro que o colega vai vestir a pele de Cordeiro e dizer que se trata de uma medida altruísta, para melhorara a qualidade de vida dos cidadãos, blá, blá, blá… Seja pelo menos consciente do mal que está a fazer a toda a gente: aos cidadãos porque os médicos não tem formação para fazer prescrição de exercício adequada, aos profissionais de Exercício e Desporto que já se debatem com falta de trabalho e com prescrições inconsistentes ou inconscientes dos médicos e à própria classe médica que lhes vai dar um “poder” sem bases de conhecimento. A minha esperança é que a classe médica tenha bom senso de não prescrever Exercício físico.
Repare que quando entrou para o IDP, disse que ia moralizar a sua profissão e legislou de forma a que apenas os licenciados em Educação física pudessem exercer a profissão nos centros de fitness. Agora vai trazer umas regras gerais, para os médicos receitarem Exercício físico? Sabe que nas farmácias também já se receita Exercício físico?
Isto é uma festa! Como não temos uma “Ordem” que nos defenda, estamos à mercê dos “espertos”. Só falta proibir os profissionais de Desporto de prescrever Exercício físico? Não será uma medida para o próximo governo?
Caro colega, quer protagonismo? Já pensou em trazer um franchising que permita aos profissionais de Desporto receitar uns medicamentos? Nem que seja dos lights, daqueles que nem fazem bem nem faz mal – tipo “MEXE-TE”.
A nossa profissão está em crise e os Médicos estão com trabalho em excesso. Para além disso, a bula de um medicamento ou o simpósium terapêutico, que é atualizado todos os anos, tem mais informação sobre cada medicamento do que qualquer linha de orientação que pretende trazer para os médicos mandarem os portugueses mexerem. Acho que esta seria uma medida política à medida da realidade só que, porventura, não estava à medida
da sua necessidade de protagonismo!
Quem diria que o colega é diretor do Instituto Nacional de Desporto! Resta-me dizer “o Desporto com amigos destes não precisa de ter inimigos”.
Rui Garganta (PhD)
Professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
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